“Uma imagem vale mais que mil palavras”, uma frase intemporal já ouvida muito antes das redes sociais serem uma realidade dos nossos dias. Uma simples imagem pode potenciar uma venda, pode cancelar uma marca, pode humanizar uma empresa. Uma simples imagem tem um poder, uma influência brutal na percepção e impacto emocional no consumidor.
Mas então, porque no momento de investir em imagem, as marcas/empresas são sempre reticentes?
Como é evidente, não me refiro a marcas mainstream, mas sim a pequenas e médias empresas, que deveriam apostar numa cultura visual no digital enquanto prioridade na potenciação do seu negócio.
A identidade de uma marca define-se pela forma como se apresenta ao público através do seu conteúdo (imagem e copy) e, por isso, definir um investimento em conteúdo de qualidade com bons fotógrafos, videógrafos, copywriters e stylists de produto, é tão importante como escolher a equipa de construção e decoração certa para dar vida ao espaço físico do negócio. Não o tem de ser olhado como uma despesa, mas sim como um investimento tendo em conta o retorno de posicionamento imediato para a marca/empresa que tal ação representa. A imagem é o primeiro impacto do consumidor à nossa marca e pode atrair novos públicos e consequentemente gerar vendas.
Como é que sabemos que o investimento na imagem da nossa marca está a ser bem aplicado?
Existem várias etapas na construção da mesma:
Inicialmente uma marca aquando da sua criação tem de vir acompanhada de um manual de normas que define todas as diretrizes visuais a serem aplicadas, quer no espaço físico, quer no virtual. Hoje em dia um brandbook tem de pré-definir a linguagem digital, por mais óbvio que pareça. A verdade é que o mercado está muito desatualizado sobre as premissas a serem contempladas nestes manuais.
Após a definição das normas da marca, é primordial passar à criação do conteúdo, mas sem antes definirmos o moodboard, que implica estudos de mercado e a sua concorrência, assim como a definição da criatividade inerente ao shooting.
O dia de criação de banco de imagens, de vídeo e fotografia chega, mas antes existiu um processo que implicou vários testes, cenários, definição de decor e aquisição de produtos para o styling da foto e nada disto é possível sem equipas qualificadas na criação de storytelling em imagem.
Só depois de completar estas etapas é que nos encontramos aptos a apresentar a marca ao mercado através das suas redes sociais, loja online, loja física e assessoria de imprensa juntamente com marketing de influência.Na era digital em que vivemos, apenas investir na loja física e abrir a porta, dificilmente irá ao encontro das expectativas e resultados que todos ambicionamos para os nossos negócios. Sem uma boa pegada digital, um novo negócio facilmente cai no esquecimento do consumidor.
Conclusão
Acredito que hoje seja mais complicado e dispendioso abrir um novo negócio porque existem mais frentes onde temos de estar presentes de forma a alimentar o nosso brand awareness. O cruzamento entre o físico e o digital é uma inevitabilidade dos negócios atuais e quem insistir em ter uma visão paralela entre os dois está desatualizado com o comportamento do consumidor dos nossos tempos.
Investir na imagem não é simplesmente aconselhável, é obrigatório.


Diana Taveira
CEO milk&black
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