Vivemos tempos incríveis. Apesar de todo o desequilíbrio que o mundo sofreu desde março de 2020, é sempre a partir do caos que se criam as melhores oportunidades. E, com o boom do digital como resposta às mudanças que a pandemia trouxe, estamos a viver rodeados de milhares delas.
Enquanto profissionais das áreas de marketing, temos nas mãos a oportunidade de construir uma nova história porque, se tudo mudou, se o consumidor e os padrões de consumo mudaram, então o marketing tem, obrigatoriamente, de se adaptar e, sobretudo, de se reinventar.
Nunca foi tão crucial colocar o consumidor no centro de tudo o que fazemos e orientar a estratégia e o marketing de forma a que o resultado seja proporcionar a melhor experiência possível. É o chamado CX – Customer Experience. No entanto, isso implica concretizar uma das tarefas mais difíceis desta área: entender o consumidor para que, consequentemente, lhe possamos proporcionar o que ele quer e precisa, através de conteúdo, serviços, produtos e soluções.
E, quando falamos de marketing e de social media, quando falamos de consumidor e do content overload, sabemos que a relevância é chave para conseguir captar a atenção da comunidade e, consequentemente, potenciar o nosso negócio. Mas, num mundo que passou a depender tanto do digital, frases-chave como “o conteúdo é rei” não deveriam ser usadas levianamente. Porque, antes da estratégia, antes do plano, antes do conteúdo, do produto, do serviço e da solução, há algo primário e crucial que temos de ter em nossa posse, o verdadeiro game-changer: data.
Existem vários exemplos incríveis de data marketing, como é o caso das campanhas anuais do Spotify, que o fazem sem ser aborrecido ou institucional. Pelo contrário, são extremamente relacionáveis, envolventes, e, sobretudo, focam-se num insight, numa verdade. Quando quem está do outro lado consegue rever-se numa publicidade, diria que algo de muito bom foi conseguido.
Então, como podemos chegar a essa tão precisa data? Algumas das formas de o fazer:
1. Estudos e inquéritos
Não só através dos formatos mais tradicionais, mas aproveitar também as novas potencialidades das redes sociais – sondagens, ferramentas de pergunta aberta, quizzes em vídeos do youtube…
2. Subscrições e registos
Uma excelente forma de gerar leads qualificadas e de reunir dados, ainda que neste caso, apenas se deva pedir os dados necessários e fundamentais.
3. Tracking do site e app
Através da introdução do famoso píxel no site e app, é possível fazer o tracking de todo o percurso e de todas as decisões dos utilizadores nessas mesmas plataformas, proporcionando dados únicos e accionáveis.
4. CRM e dados transacionais
Uma boa ferramenta de CRM providencia os dados sobre as principais transações, revelando não só hábitos e processos de compra, como também insights sobre os produtos e serviços de determinado negócio.
5. Digital analytics
Todos os dados que conseguimos obter com as campanhas de marketing digital, como número de clicks, visualizações, leads, entre outros.
6. Social Media
Ferramenta crucial para reunir dados a nível qualitativo, através de social listening, e também quantitativos, a nível da performance do conteúdo e da própria marca.
Conclusão
Não é fácil fazer marketing como se estivéssemos a falar com uma única pessoa, mas é o que temos de tentar fazer, e isso implica estudar a fundo o nosso consumidor. São as empresas que mais cedo perceberem isto, que deixem de basear as decisões no “achismo” e que mais cedo tomem ação, que vão conseguir prosperar neste novo normal.
Dispomos hoje, como nunca antes, das ferramentas certas para o conseguir. O digital dá-nos estas respostas – se o soubermos usar estrategicamente.
Joana Teixeira
Digital Stategist na Fullsix Portugal
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