Todos temos conhecimento que a inteligência artificial (IA) está a transformar vários aspetos do nosso quotidiano e o marketing não é exceção.
Rapidez, síntese e estruturação de informação: para muitos uma ferramenta que vem mudar o panorama profissional para a positiva, para outros uma ameaça incorporada em falta de personalidade e mesmo qualidade.
Afinal, em que é que estes novos recursos se traduzem? Podemos colocar numa “caixa” o seu impacto e repercussões?
O Potencial da IA no Storytelling
A IA pode oferecer imensas vantagens no contexto do storytelling, especialmente no que diz respeito à recolha e análise de dados. Estas ferramentas podem filtrar grandes volumes de informação para identificar tendências, preferências e comportamentos do público, permitindo a criação de histórias altamente personalizadas e segmentadas. Utilizadas de forma inteligente e cuidada, podem mesmo ser um game changer na criação de histórias para a publicidade e marketing.
Podemos utilizar esta tecnologia quase como um colega numa sessão de brainstorming. Apresentamos ideias, indicamos referências, orientamos o fio condutor que vai surgindo e limamos arestas. Neste cenário, o importante é que adotemos uma posição de liderança perante o discurso com o robô e assumamos um pensamento crítico e em constante avaliação de tudo o que este cria e nos propuser.
Personalização em Massa?
Uma das maiores promessas da IA no storytelling é a capacidade de personalizar mensagens em escala. Com algoritmos avançados, será possível criar narrativas que falem diretamente para segmentos do público, aumentando a relevância do conteúdo e a interação.
Pessoalmente, acredito neste potencial no sentido de nos dar suporte a identificar diferentes personas e necessidades, mais uma vez destacando-se a vertente do filtro simples de dados. No entanto, quando falamos em criar histórias impactantes e relacionáveis, parece-me que ainda existem muitas melhorias a serem feitas.
A IA não fornece apenas dados, é claro; e se solicitado, cria narrativas interessantes. Muitas vezes, nos meus projetos, nascem na IA as raízes daquilo que se tornam campanhas e conceitos criativos notáveis. Há que reconhecer mérito no quanto estas ferramentas se tornaram eficazes, particularmente na eficiência que nos permitem ter.
O mecanismo vai conhecendo melhor o discurso e a tipologia de conteúdo com que me identifico, o público para quem falo e a mensagem que quero transmitir. Reunindo estas condições fundamentais, também me permite conhecer outras perspectivas, o que acaba por ser uma experiência pessoal refrescante e desafiante, originando também abordagens novas no conteúdo que vou criando para os meus clientes e marcas.
Informação VS Emoção
A chave para utilizar a IA no storytelling de forma eficaz está no equilíbrio. Os dados suportarão uma base sustentada para a criação das histórias, mas a emoção e a autenticidade não podem ser negligenciadas.
Cada vez mais, o utilizador está informado e é seletivo com a informação que absorve e o conteúdo que consome, pelo que as marcas precisam de contar histórias que se destaquem entre todos os estímulos diários, on e offline.
A meu ver, a vertente mais autêntica e emotiva continua a partir maioritariamente da intervenção do Homem e a IA ainda não consegue sobrepor-se a essa conexão. Para criarmos uma relação e um sentimento de identificação com a marca, mais do que criar ideias, temos de associar pessoas e histórias reais. Enquanto consumidora, vou querer investir e usar marcas que admiro, muitas vezes devido a quem está por trás da sua gestão e imagem.
O Futuro do Storytelling com IA: Conclusão
De um modo geral, o futuro do marketing com a IA é promissor, mas dependerá bastante de como as marcas implementam esta tecnologia.
No fundo, a estratégia é o alicerce de qualquer negócio de sucesso. Se a IA for utilizada de forma combinada, para obter insights valiosos, não esquecendo que os laços humanos são insubstituíveis, existe um potencial imenso, especialmente quando falamos de marcas com substância e em que a sua proposta de valor principal não é o preço.
Ao final do dia, acredito que utilizar a IA de forma ética, profissional e diferenciadora se baseia em tirar proveito das suas vantagens para poupar tempo e filtrar dados, sem confiar completamente na sua capacidade de criar conteúdo infalível, adequado, bem redigido e que vá ao encontro daquilo que as pessoas sentem e procuram nas suas experiências.
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